01/10/2018

Mulheres contra Bolsonaro - uma experiência

Clubista participou do movimento #EleNão #EleNunca #EleJamais

Para quem não sabe, o movimento #EleNão surgiu quando mulheres decidiram se reunir contra o candidato que tem como plano de governo a intolerância. Para se ter uma ideia do tamanho do movimento, você pode conferir esses artigos da BBC Brasil e El País Brasil.

Em São Luís, não foi diferente e o #EleNão contou com uma multidão. Foi lindo, foi histórico e impactante. Confira a cobertura feita pelo Jornal O Imparcial e  Sobre O Tatame.


Como o Clube do Livro Maranhão tem como sinônimo "lugar seguro", falamos com Ianara Diniz, clubista e Assessora de Assuntos Institucionais do CLM sobre a participação dela e de sua filha Maria no movimento #EleNão em São Luís, que aconteceu no último sábado (29/09/18):



CLM: O que te motivou a participar do movimento #EleNão e a levar a sua família?

ID: O que me motivou foi exercer tudo o que prego na minha vida: amor ao próximo, respeito e tolerância. Sou totalmente contra qualquer tipo de ódio, seja ele a religião, orientação sexual ou ideologia. Ensino isso aos meus filhos. Ao aderir ao movimento #EleNão foi uma forma de colocar em prática tudo isso. Não faço parte e nem defendo partido político. Gosto de dizer que não tenho "rabo" preso com ninguém, mas depois de tantas atrocidades ditas por um candidato que almeja alcançar um cargo tão importante no nosso País e sendo totalmente contrário ao que eu prego, impossível ficar em silêncio.


CLM: Quando chegou na praça Maria Aragão, qual foi o sentimento presente?

ID: Quando cheguei e vi a organização, segurança e principalmente o espírito do evento, senti orgulho de fazer parte, principalmente por minha filha estar ali comigo.


CLM: Como foi a passeata?

ID: Sabe o que é você olhar para o lado e observar mulheres, homens, crianças, famílias, pessoas de vários partidos políticos, religiões e orientações sexuais, todos pregando o amor, querendo mudança, segurança, mas que não desejam o retrocesso, o ódio, a falta de respeito? Essa foi a passeata. Não houve incidente, acidente ou desrespeito como alguns divulgaram.


CLM: Para finalizar, qual a importância do movimento pra você?

ID: Como mãe e cristã eu tenho minhas convicções sobre o que é pecado ou não, mas o que EU creio não pode desrespeitar o OUTRO. O movimento foi uma forma de debater isso em casa, com a família e amigos, juntamente porque "direitos adquiridos" precisam ser protegidos. Como não falar de homofobia se pessoas são assassinadas cruelmente por serem gays, inclusive pela  família? Como não falar das mulheres sendo mortas pelos companheiros?
Creio que quem governa, tem que governar pra todos e se um candidato e/ou eleitores chacotam da luta contra o machismo, homo(lgbtq+)fobia, racismo, eles chacotam de quem é assassinado, abusado, estuprado, simplesmente por ser mulher, LGBTQ+ ou negro!
Eu sou contra o ódio e na minha casa eu prego o amor ao próximo, por isso: #ELENÃO #ELENUNCA.