Entre memes engraçados, ainda existem leitores buscando boas histórias
No
mundo cada vez mais acelerado, com crianças capturadas por tablets e vídeos
curtos, abrir um bom livro e se entregar a uma história pode ser um hábito cada
vez mais raro. Estimular a boa leitura é uma tarefa desafiadora para as famílias quando se trata de escolher um
livro que seja atraente e divertido e, ao mesmo tempo, tragam uma chance para
reflexão. Que histórias podemos
apresentar para essa nova geração?
Para
ajudar nessa, a equipe de Língua Portuguesa e Literatura da Escola Nova, com
duas unidades no Rio de Janeiro, elaborou uma lista com 14 livros para crianças
e adolescentes inspirados em valores humanos essenciais para os dias de hoje:
empatia, trabalho em equipe, verdade, não violência, respeito ao meio ambiente,
amor e solidariedade.
Leitura é hábito, por
isso, dedique, todos os dias, um momento para essa prática. Desconecte-se do
mundo digital e conecte-se no universo da leitura. O exemplo vem de casa: pais
leitores, certamente, terão filhos apaixonados pela leitura,
diz Mariana Deles, professora de português da Escola Nova.
Abaixo
está a lista elaborada de acordo com cada faixa etária. A maior parte desses
livros, inclusive, está à venda na Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br),
com descontos que podem chegar a 50%, se comparado ao preço pago em livros
vendidos nas livrarias convencionais.
Para
crianças entre 9 e 11 anos
O título é uma reflexão
sobre o homem e a natureza, que vão desde a preservação e dos recursos que ela
oferece, até valores, como o cuidado com o outro e a amizade sem interesses. A
trama mostra a relação entre um menino e uma árvore. Ela sempre amorosa,
disposta a agradar o menino. Ele muito egoísta, sempre exigindo que a árvore
oferecesse recursos que atendessem seus desejos.
A obra mostra a amizade
que surge por acaso entre Charles e Benjamim. Quando Charles sofre um acidente,
Benjamim é o escolhido para levar as lições para ele, e dessa convivência
forçada surgem descobertas, amizade e solidariedade. Charles, um menino
branquelo, asmático com manias de velho. “Se ele não existisse, daria na
mesma”, pensa Benjamim, que por sua vez é um menino “invisível” e que não tinha
amigos. De uma maneira sutil e velada, o autor aborda um tema delicado, o
bullying.
Anne Frank é uma
adolescente judia que viveu por dois anos escondida dos nazistas com a família
e outras quatro pessoas no anexo secreto de uma fábrica. Nesta biografia, temos
o relato de tudo que passou durante a Segunda Guerra Mundial sob o ponto de
vista de Anne, que também registra em seu diário cotidiano seus medos,
inseguranças, sentimentos e vontades. Esta versão em quadrinhos é uma leitura
mais leve e divertida de apresentar esse importante fato histórico para
crianças e adolescentes sobre o nazismo e a segregação.
Neste livro, podemos
reler doze contos do folclore brasileiro recontados por Clarice Lispector. A
maioria das lendas são de tribos indígenas. A autora nos relembra os enredos
que transformaram seres humanos em estrelas e animais, e os acontecimentos que
levaram os bichos a perderem a fala – restando-lhes apenas cantar e grunhir.
São contos vindos de várias regiões do país mostrando um pouco da nossa cultura
de maneira leve e divertida.
Uma história que mostra o
processo da produção de um livro, desde quando uma árvore é derrubada para
extrair matéria prima até chegar às editoras de livros. Paralelo a esta trama,
ocorre a emoção do primeiro amor de uma menina, a Laurinha, uma adolescente que
tem suas inseguranças, angústias e descobertas. O autor transmite em diversos
momentos da história que é possível driblar as adversidades para viver
intensamente.
Os dois protagonistas
desta história são xarás. Mário, um o garoto que vive num mar de prédios. Mário
de Andrade, que morava numa cidade pequena e gostava de viajar para redescobrir
o Brasil, era poeta, romancista e pesquisador. Deixou uma obra de importância
capital para a cultura brasileira. Os dois se encontram neste livro a partir de
cartas, poemas, romances e outros textos de Mário de Andrade. Através dessa
leitura, conhecemos a vida e obra de Mário de Andrade, além de vários
acontecimentos importantes, como a Semana de Arte Moderna e o movimento
modernista no Brasil.
O livro mostra a coragem e a luta de uma menina que queria estudar e foi proibida pelo grupo Talibã, mas isso não a impediu de frequentar a escola e de denunciar violações de direitos. A obra também trata da importância da educação, da intolerância religiosa e da desigualdade de gênero.
Para
pré-adolescentes e adolescentes entre 12 e 15 anos
Eduardo e Henrique
convidam o leitor a realizar uma viagem geoliterária pela Ilha Perdida. O livro
ilustra, de forma instigante e subjetiva, as paisagens naturais, permitindo ao
leitor desenvolver o gosto pela leitura e o cuidado com a natureza.
Felipe tinha todas as
qualidades de um bom menino e aluno. Após passar por algumas dificuldades como
a morte dos pais e problemas financeiros, o protagonista se vê na seguinte
situação: falar ou não toda a verdade? Tudo isso em nome da amizade que ele
tinha com a Raquel. Valia a pena deixar de ser o queridinho para contar tudo
que sabia?
Pollyanna, uma menina de
onze anos, após a morte de seu pai, um missionário pobre, se muda de cidade
para ir morar com uma tia rica e severa que não conhecia anteriormente. Por lá,
a menina consegue ver algo de bom e positivo em tudo que acontece, mesmo nas
situações mais desagradáveis. No mundo da psicologia e sociologia, essa forma
de viver a vida em paz e de forma positiva também ficou conhecida como
“Princípio de Pollyanna”.
Partindo de uma
experiência autobiográfica, Marcelo relata ao leitor o momento trágico que
marcou sua vida para sempre: o acidente após um mergulho que o deixou
tetraplégico. Com humor, franqueza e coragem, sem autopiedade, ele nos leva
pela trajetória de sua vida, iluminando pontos conturbados e obscuros. Um livro
inspirador, forte e envolvente, "Feliz ano velho" ensina, sobretudo,
que a vida é uma batalha que precisa e merece ser lutada.
Um dos jornalistas mais
prestigiosos do país, Zuenir Ventura retrata em “1968: o ano que não terminou”,
episódios que ajudam a sintetizar um momento único em nossa história, complexo
e efervescente cultural e socialmente. De uma época turbulenta para o Brasil
Zuenir soube capturar episódios e personagens emblemáticos para a construção de
nossa identidade e capacidade de resistência como nação.
No livro, vamos conhecer
dois jovens que se amam acima de tudo, de todos e do preconceito. “Ladeira da
saudade” fala sobre o amor de uma adolescente do século XX, que vai morar com a
tia em Ouro Preto, e sobre os preconceitos raciais. Um livro de leitura fácil,
que consegue agradar ao público jovem para o qual é designado. Ademais, narra
alguns fatos históricos, e representa o Barroco e o Arcadismo.
Ndalu, ou Dalinho, o
narrador de "Os da minha rua", nos leva para sua infância e
adolescência em sua Luanda natal, em plena guerra civil angolana. Contando
eventos de sua passagem para o mundo adulto junto a seus amigos, familiares e
conhecidos, Ndalu pinta um cenário de uma terra feliz e rica, ainda que
desassossegada. O amadurecimento dos personagens envolve partidas, perdas e
despedidas, no processo difícil e bonito que é crescer. Com "Os da minha
rua", Ondjaki brinda o leitor com uma narrativa à base de memória, humor e
puro afeto.
*Informações da Assessoria de Comunicação Estante Virtual
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