09/04/2019

Seu filho não gosta de ler? Confira dicas de educadores!


Entre memes engraçados, ainda existem leitores buscando boas histórias



No mundo cada vez mais acelerado, com crianças capturadas por tablets e vídeos curtos, abrir um bom livro e se entregar a uma história pode ser um hábito cada vez mais raro. Estimular a boa leitura é uma tarefa desafiadora para as famílias quando se trata de escolher um livro que seja atraente e divertido e, ao mesmo tempo, tragam uma chance para reflexão. Que histórias podemos apresentar para essa nova geração?

Para ajudar nessa, a equipe de Língua Portuguesa e Literatura da Escola Nova, com duas unidades no Rio de Janeiro, elaborou uma lista com 14 livros para crianças e adolescentes inspirados em valores humanos essenciais para os dias de hoje: empatia, trabalho em equipe, verdade, não violência, respeito ao meio ambiente, amor e solidariedade.

Leitura é hábito, por isso, dedique, todos os dias, um momento para essa prática. Desconecte-se do mundo digital e conecte-se no universo da leitura. O exemplo vem de casa: pais leitores, certamente, terão filhos apaixonados pela leitura, diz Mariana Deles, professora de português da Escola Nova.

Abaixo está a lista elaborada de acordo com cada faixa etária. A maior parte desses livros, inclusive, está à venda na Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br), com descontos que podem chegar a 50%, se comparado ao preço pago em livros vendidos nas livrarias convencionais.


Para crianças entre 9 e 11 anos


O título é uma reflexão sobre o homem e a natureza, que vão desde a preservação e dos recursos que ela oferece, até valores, como o cuidado com o outro e a amizade sem interesses. A trama mostra a relação entre um menino e uma árvore. Ela sempre amorosa, disposta a agradar o menino. Ele muito egoísta, sempre exigindo que a árvore oferecesse recursos que atendessem seus desejos.

A obra mostra a amizade que surge por acaso entre Charles e Benjamim. Quando Charles sofre um acidente, Benjamim é o escolhido para levar as lições para ele, e dessa convivência forçada surgem descobertas, amizade e solidariedade. Charles, um menino branquelo, asmático com manias de velho. “Se ele não existisse, daria na mesma”, pensa Benjamim, que por sua vez é um menino “invisível” e que não tinha amigos. De uma maneira sutil e velada, o autor aborda um tema delicado, o bullying.

Anne Frank é uma adolescente judia que viveu por dois anos escondida dos nazistas com a família e outras quatro pessoas no anexo secreto de uma fábrica. Nesta biografia, temos o relato de tudo que passou durante a Segunda Guerra Mundial sob o ponto de vista de Anne, que também registra em seu diário cotidiano seus medos, inseguranças, sentimentos e vontades. Esta versão em quadrinhos é uma leitura mais leve e divertida de apresentar esse importante fato histórico para crianças e adolescentes sobre o nazismo e a segregação.

Neste livro, podemos reler doze contos do folclore brasileiro recontados por Clarice Lispector. A maioria das lendas são de tribos indígenas. A autora nos relembra os enredos que transformaram seres humanos em estrelas e animais, e os acontecimentos que levaram os bichos a perderem a fala – restando-lhes apenas cantar e grunhir. São contos vindos de várias regiões do país mostrando um pouco da nossa cultura de maneira leve e divertida.

Uma história que mostra o processo da produção de um livro, desde quando uma árvore é derrubada para extrair matéria prima até chegar às editoras de livros. Paralelo a esta trama, ocorre a emoção do primeiro amor de uma menina, a Laurinha, uma adolescente que tem suas inseguranças, angústias e descobertas. O autor transmite em diversos momentos da história que é possível driblar as adversidades para viver intensamente.

Os dois protagonistas desta história são xarás. Mário, um o garoto que vive num mar de prédios. Mário de Andrade, que morava numa cidade pequena e gostava de viajar para redescobrir o Brasil, era poeta, romancista e pesquisador. Deixou uma obra de importância capital para a cultura brasileira. Os dois se encontram neste livro a partir de cartas, poemas, romances e outros textos de Mário de Andrade. Através dessa leitura, conhecemos a vida e obra de Mário de Andrade, além de vários acontecimentos importantes, como a Semana de Arte Moderna e o movimento modernista no Brasil.

O livro mostra a coragem e a luta de uma menina que queria estudar e foi proibida pelo grupo Talibã, mas isso não a impediu de frequentar a escola e de denunciar violações de direitos. A obra também trata da importância da educação, da intolerância religiosa e da desigualdade de gênero.




Para pré-adolescentes e adolescentes entre 12 e 15 anos



Eduardo e Henrique convidam o leitor a realizar uma viagem geoliterária pela Ilha Perdida. O livro ilustra, de forma instigante e subjetiva, as paisagens naturais, permitindo ao leitor desenvolver o gosto pela leitura e o cuidado com a natureza.

Felipe tinha todas as qualidades de um bom menino e aluno. Após passar por algumas dificuldades como a morte dos pais e problemas financeiros, o protagonista se vê na seguinte situação: falar ou não toda a verdade? Tudo isso em nome da amizade que ele tinha com a Raquel. Valia a pena deixar de ser o queridinho para contar tudo que sabia?

Pollyanna, uma menina de onze anos, após a morte de seu pai, um missionário pobre, se muda de cidade para ir morar com uma tia rica e severa que não conhecia anteriormente. Por lá, a menina consegue ver algo de bom e positivo em tudo que acontece, mesmo nas situações mais desagradáveis. No mundo da psicologia e sociologia, essa forma de viver a vida em paz e de forma positiva também ficou conhecida como “Princípio de Pollyanna”.

Partindo de uma experiência autobiográfica, Marcelo relata ao leitor o momento trágico que marcou sua vida para sempre: o acidente após um mergulho que o deixou tetraplégico. Com humor, franqueza e coragem, sem autopiedade, ele nos leva pela trajetória de sua vida, iluminando pontos conturbados e obscuros. Um livro inspirador, forte e envolvente, "Feliz ano velho" ensina, sobretudo, que a vida é uma batalha que precisa e merece ser lutada.

Um dos jornalistas mais prestigiosos do país, Zuenir Ventura retrata em “1968: o ano que não terminou”, episódios que ajudam a sintetizar um momento único em nossa história, complexo e efervescente cultural e socialmente. De uma época turbulenta para o Brasil Zuenir soube capturar episódios e personagens emblemáticos para a construção de nossa identidade e capacidade de resistência como nação.

No livro, vamos conhecer dois jovens que se amam acima de tudo, de todos e do preconceito. “Ladeira da saudade” fala sobre o amor de uma adolescente do século XX, que vai morar com a tia em Ouro Preto, e sobre os preconceitos raciais. Um livro de leitura fácil, que consegue agradar ao público jovem para o qual é designado. Ademais, narra alguns fatos históricos, e representa o Barroco e o Arcadismo.

Ndalu, ou Dalinho, o narrador de "Os da minha rua", nos leva para sua infância e adolescência em sua Luanda natal, em plena guerra civil angolana. Contando eventos de sua passagem para o mundo adulto junto a seus amigos, familiares e conhecidos, Ndalu pinta um cenário de uma terra feliz e rica, ainda que desassossegada. O amadurecimento dos personagens envolve partidas, perdas e despedidas, no processo difícil e bonito que é crescer. Com "Os da minha rua", Ondjaki brinda o leitor com uma narrativa à base de memória, humor e puro afeto.



*Informações da Assessoria de Comunicação Estante Virtual

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