Tá por fora de tramas com animais? A gente te conta!
Desde a “Baleia”, de
Vidas Secas, até “Charlotte” de A Menina e o Porquinho, os animais sempre
estiveram marcando presença nas mais diversas narrativas. Carismáticos, os pets
(quase) sempre dão grandes companheiros de aventuras, normalmente desempenhando
papéis bastante importantes na jornada dos protagonistas e dando aos heróis uma
camada extra de humanização. E isso não para nos animais domésticos, claro, já
que os outros animais também conseguem se provar cumpridores de grandes
façanhas; como é o caso de “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell.
(Baleia, a cadela de
“Vidas Secas”, de Graciliano Ramos)
Mas além de
coadjuvantes, também é bastante comum que os animais executem os papéis dos heróis
da trama. Em “Quatro Vidas de um Cachorro”, Bailey é um cão que tenta entender
seu propósito de vida durante distintos momentos da sua existência. Hachiko de
“Sempre Ao Seu Lado” é um cachorro que permanece leal ao seu dono mesmo depois
de sua morte. Bob (de Um Gato de Rua Chamado Bob), Free Willy, Spirit (de Um
Corcel Indomável), todos foram partes muito importantes na vida dos humanos com
quem conviviam; além de serem muito amados pelo público em geral, por seu
carisma, lealdade e inocência que somente um animal poderia ter.
(Sempre Ao Seu Lado,
protagonizado por Richard Gere)
A presença dos animais
em narrativas ficcionais, especialmente as literárias, ajuda a criar uma
atmosfera mais amigável; além de abordar questões sobre a ética e compreensão
do que realmente representa os bichos. Maria Esther, professora da UFMG, em uma
entrevista ao UOL (que você pode ler completa aqui), fala sobre a própria relação com os
animais “O Guimarães Rosa dizia: 'amar os animais é um aprendizado de
humanidade’'. Para mim ele é o maior escritor animalista, não faz discurso
militante a respeito dos bichos, mas os representa de uma forma que ensina
muito sobre eles”.
Outro aspecto muito
relevante sobre a abordagem animal na literatura consiste na “humanização” dos
mesmos. Além do já citado “A Revolução dos Bichos”, em que os animais de uma
fazenda fazem uma alegoria a União Soviética Comunista; temos também “A Metamorfose”
de Kafka, que traz o protagonista em um processo de transformação de homem para
barata (com diversas questões sobre existencialismo abordadas no meio do
caminho), “Maus” de Art Spielgman, uma graphic novel sobre o holocausto, que
colocava judeus como ratos nas mãos dos alemães nazistas, que eram gatos.
Todas essas formas de
representações são maneiras de mexer com o imaginário popular, e cativar o
público em virtude da presença de animais tão próximos -- especialmente
cachorros, que tem a lealdade e o jeito espirituoso como estereótipos comuns, e
que são facilmente identificáveis por qualquer pessoa que consuma aquele
conteúdo. Na conversa desse mês (aqui), do livro “Marley e Eu”, por exemplo, temos uma
comovente e simpática história sobre o relacionamento de um cachorro com seus
donos, e como isso muda a vida deles. Esperamos ouvir e dividir histórias como
esta.
Os leitores podem ainda CONTRIBUIR COM UM 1KG
DE RAÇÃO – PARA CACHORROS OU GATOS – que serão destinados
à ONG Cães e Gatos de Rua de São Luís.
(“Marley e Eu”: livro e
filme)
Clube de Maio + Clube
de Junho
Marque
presença no link do evento
Dia:
09/junho
A
partir das 15h
Livraria
Leitura – São Luís Shopping
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