Ele fechou a segunda
temporada e vai abrir a terceira!
Se
tem uma coisa que Daniel faz nos seus livros é nos convidar a ser corajosos e
aceitar que a vida não é se faz só de partes
bonitas. Nos convida também a encarar essas partes espinhosas e nada
agradáveis sem necessidade de torná-las algo que não são. Neste seu último
livro, o grande propósito é assumir o que se pensa, o que se vive, o que se
sente; o importante é ser honesto consigo.
Por
uma leva de textos curtos, Daniel vai além de abraçar as vulnerabilidades. Sua
essência como cronista aqui ganha um novo patamar. Fala-se sobre
autoconsciência, conflitos internos, transtornos, dilemas, traumas até, desde
como é viver na companhia destes vilões a como abrir o coração estando nessa
realidade. Daniel vai no cerne da questão, nos atingindo em pontos delicados
sem meandros ou julgamentos.
Embora
tenha tópicos e modelos em comum com os livros anteriores, vemos nesta nova
aposta uma edição de excelência, que vai desde os socos de palavras à produção
gráfica. Não se deixa de falar de relacionamentos, mas os amorosos já não são
os protagonistas. E os golpes são mais fortes, mais incisivos até, com cada
porrada de te tirar o fôlego e te deixar à deriva repensando toda a sua
formação como pessoa, ou pelo menos nos muitos ruídos e rachaduras que de
repente estão mais perceptíveis em sua vida. O experimentalismo de poesias
então, confere uma grande e grata surpresa.
E
por isso mesmo, não é fácil digerir alguns textos. Eles demandam uma entrega
que talvez você não se sinta preparado. E está tudo bem se sentir assim. Apesar
do que dizem sobre as bads, elas têm
sua razão no ciclo da vida: o desconforto vem para trazer mudanças. Ninguém sai
de sua zona de conforto estando no conforto. Todavia, nem todos se sentem capazes
ou minimamente suficientes para sair, e muitas vezes ficar onde se está
tampouco é saudável. É aqui que pedir ajuda se torna essencial. Porque, por
mais que seja tendência fugir da pergunta máxima que intitula a obra, ela
sempre volta pedindo uma decisão, uma atitude.
O que eu tô fazendo da
minha vida? é sobre esse caos na nossa cabeça, que nos demanda tanta energia e nos faz sentir estranhos. É sobre encarar verdades dentro de nós, que, por mais
difíceis que sejam, só precisam de um primeiro passo. É também sobre a gente
gastar muito tempo de vida para descobrir que não é obrigado às coisas que
tendem a nos prender. São relatos extremamente corajosos. E deles resta-nos
apenas a vontade de cuidar da gente. É um ponto de virada.
Livros
como O que eu tô fazendo da minha vida?
podem nos jogar perguntas sem escapatória, mas também são aquela predisposição
necessária para começar uma revolução igualmente questionadora, que vá de
encontro não ao eu, mas aos hábitos e crenças limitantes. Nunca se falou tanto
de saúde mental e este livro é uma excelente oportunidade para desbravar esse
mundo interior.
Conheça a playlist do livro:
Conheça a playlist do livro:
Se você perdeu a chance de ver o Daniel ano passado, essa é a sua vez; e se conseguiu vê-lo, de ver novamente! O bate-papo da vez será sobre seu último livro, O que eu tô fazendo da minha vida?, abordando ainda toda a trajetória do escritor no meio literário. Mediado pelo Clube do Livro Maranhão e apoio da Livraria Leitura, o encontro pretende proporcionar aos leitores uma troca excepcional de experiências, que começa por uma conversa sincera e fecha com o lançamento do livro, onde todos podem participar de uma sessão de autógrafos.
Sobre o projeto
O Planeta de Leitores é
uma proposta da Editora Planeta de Livros Brasil para levar os autores da casa aos
seus leitores através de parcerias e eventos literários. Cada edição apresenta um
autor convidado, a fim de aproximar e contextualizar suas publicações à luz da
mediação de leitura. No Maranhão, de 2016 a 2017, o projeto já contou com a
presença da historiadora Mary del Priore, os booktubers Bruno Miranda e Eduardo
Cilto, a publicitária Cris Guerra, e o cronista Daniel Bovolento, quem fechou a
segunda temporada e agora vai abrir a terceira.
Sobre
o autor
Autor também de Por Onde Andam As Pessoas Interessantes? e Depois do Fim, Daniel é um carioca que trocou a
cidade maravilhosa pela terra da garoa, onde tenta desacelerar enquanto se
enfia em multidões nos metrôs, cafeterias e ruas de São Paulo. Ainda escreve em
moleskines, em guardanapos e papéis de carta. Também atua como colunista dos
sites Casal Sem Vergonha, Área H e outros grandes portais de comportamento,
onde, entre ensaios, crônicas e vídeos, fala sobre o que chama de “o fantástico
mundo dos seres humanos”.
Nossa vida adulta começa lá pelos vinte anos. Como é
que a gente já quer ser recebido com tantas glórias sem nem lutar um pouco por
elas?
É necessário desacelerar e entender que essas cobranças
são frutos de uma sociedade que nos criou com a ideia de que devemos fazer tudo
o mais cedo possível e de que sucesso é fácil pra quem tenta. Não é, mas isso
não significa que devamos deixar de tentar.
Pelo contrário, devemos tentar cada
vez mais.
Você precisa aprender a ser mais
gentil consigo. Entender as suas falhas e aprender com elas, sem usá-las para
recriminar o seu caminho até aqui. Tem coisas que aconteceram há anos e ainda
machucam porque você não conseguiu se perdoar, embora perdoe do coração aberto
outras pessoas. Tem gente que ama a sua companhia, ama o seu jeito de ver o
mundo, ama os seus talentos para jardinagem ou gastronomia, ama a sua ligação
no final de semana chamando para jogar videogame ou trocar um papo-cabeça
depois do jantar. Ainda assim, você não consegue ver essa pessoa que os outros
amam.
A verdadeira geração Prozac torce todo santo dia para
não depender mais de medicamentos para ter uma vida normal. Espera conseguir
retornar ao seu melhor estado, quando as coisas não eram um fardo, quando elas
mesmas não se sentiam um fardo para si e pros outros. Essa geração dá a cara a
tapa, enfrentando todos os tabus que envolvem psicólogos, psiquiatras, e
admitindo que não está bem. [...] essas pessoas sabem que botar um desses
comprimidos pra dentro não é o início de uma festa divertida. É o início de uma
batalha diária.
VI PLANETA DE LEITORES
MA – com Daniel Bovolento
O que eu tô fazendo da
minha vida?
Horário:
a partir das 16h
Local:
Mezanino da Livraria Leitura – São Luís Shopping
ENTRADA
FRANCA
Vem pro Clube, vem
para o Planeta de Leitores MA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos a sua participação.
Seja bem-vindo e volte sempre!
Quer comentar e não tem conta?!
1- Escolha a opção Nome/URL
2 - No espaço Nome coloque seu nome ou seu apelido
3 - No espaço URL coloque o link do seu site, blog, vlog, tumblr... (não é obrigatório).
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.