Conhecendo a autora.
Ahtange
Ferreira
Não vivo
minha vida de acordo com os princípios dos outros, minhas palavras são pequenas
amostras do meu eu, portanto, não me julgue, nem tente me entender, apenas me
leia nas entrelinhas.
Biografia: De formação: bacharela em Teologia, (FETMA) Faculdade de
Educação Teológica do Maranhão. Pós-graduada
em Psicopedagogia Clínica e Institucional (IESF) Instituto de Educação Superior
Franciscano. Especialista em Educação Especial (APYNTEC) Ações Pedagógicas,
Informática, Treinamentos e Cursos Educacionais. Língua Portuguesa e Literatura:
pós- graduação (cursando) IESFMuito
cedo tive que aprender a lidar com perdas e decepções. Sempre fui apaixonada
pelos livros e seu mundo mágico dos sonhos, contos e romances, meus
preferidos. Camilo Castelo Branco muito me influenciou em seu "Amor
de Perdição". Amo a filosofia e a psicologia, embora seja leiga em
tais assuntos. "Minha alma regozija-se quando me deparo com tais
tratados. O pensamento e a alma humana são tesouros inesgotáveis e
maravilhosos."
Entrevista concedida ao blog Louca Escrivaninha.
1-
Gustavo
Silveira de onde veio a inspiração para
a escrita?
Oi Gu, a inspiração veio em primeira instância, das aulas de
literatura no ensino médio e a leitura
de poemas e contos, posteriormente das experiências na vida diária, lido com
pessoas e sentimentos o tempo todo. Muitos conflitos e histórias de vida
incríveis.
2-
Rudynalva
correia soares: Gostaria de saber como é o processo criativo para escrever um
livro?
Olá Rudy, Para mim foi assim, no início da minha carreira no magistério,
ocorreu um fato com uma criança na escola onde eu trabalhava que me
sensibilizou e despertou meu olhar para essa realidade. Pesquisei sobre o
assunto, entrevistei algumas pessoas conversei com outras tantas, somei tudo
isso as minhas próprias experiências e emoções e as coloquei no papel como um grito.
3-
Genilda
Silva: Qual o maior desafio encontrado
para desenvolver a trama de Marcas indeléveis?
Olá Gen, o maior desafio foi recriar os fatos sem expor ou ferir demais as
pessoas, inclusive pessoas mais próximas. Confesso que foi bem mais difícil do
que imaginei, pois a partir de fatos “isolados” ou não, dei toda sequência e
desfecho para as situações.
4- Fernanda
Meireles: Oi, Lê. O livro Marcas
Indeléveis fala sobre lutas, dificuldades, superação e recomeço. Imagino que
algum leitor possa ter se identificado com todo o drama e talvez possa ter
relatado isso a autora. Eu queria saber da Ahtange se houve momentos assim e
qual o que mais a marcou.
Oi Fê, não foram poucas pessoas, Marcas Indeléveis é um drama da vida
real, cada personagem carrega um pouco das muitas pessoas que conheci ao longo
da vida. Eu convivi e acompanhei muito de perto alguns casos.
O mais incrível é como tem chamado atenção principalmente das
leitoras a semelhança com vivências, suas,
ou de alguém muito próximo. Tem uma leitora da escola onde trabalhei ano
passado, que me abraçou e chorou enquanto falava da perda de um filho e que sua infância foi exatamente
como a de Esther, vinda do interior ainda pequena para trabalhar como doméstica
e sofreu muito.
Outra disse – Eu vi minha mãe
nessa história, ela viveu isso e eu chorei... Outra em uma formação no início do ano, após
conhecer o livro e o projeto pediu a palavra e emocionou ao relatar entre
lágrimas, que sofrera vinte e poucos
anos vivendo com um homem que jamais a tocou, porém ela preferiria mil vezes.
Ele já havia falecido há seis anos, mas a dor que ela carregava dentro de si,
as palavras e atitudes dele deixaram nela cicatrizes que nunca parariam de
doer. Então momentos como esses aconteceram antes e depois, e cada um me marcou
de forma indelével.
5-
Sandra
Alvarenga: "O que é mais difícil para um autor, começar
a escrever um livro ou enfrentar as críticas?
Olá San, ambos são difíceis, escrever dependendo do assunto, demanda
leitura, pesquisa, conhecimento e vivencias sensoriais aguçadas. É preciso
paciência, dedicação e muito, muito amor. O segundo caso, vem de encontro a
tudo o que você fez antes, ter um livro finalizado é um parto, dói a concepção, em alguns casos é exaustivo
mesmo. Aí vem alguém e simplesmente trata o que é para você a própria vida,
como se fosse um nada, sem importância alguma. Isso dói infinitamente. No
início é a pior parte para o autor, depois vamos amadurecendo e aprendendo a
melhorar mesmo com as críticas desconstrutivas. Passei por algumas situações
que me arrancaram litros de lágrimas, mas no fim aprendi algumas valiosas
lições.
6-
Erica
Lima: Quando e como ele descobriu que queria ser escritor?
Olá Érica, acho que a escritora nasceu fazendo parte de mim, mas foi no ensino
médio que a vontade cresceu e se estruturou. Quando percebi a necessidade de
trabalhar esses temas, não via como, não era possível adentrar a este mundo sem
algo mais contundente para digamos assim, justificar essa necessidade. Pensei no centro, mas não tive créditos,
tampouco apoio e ainda não tenho. Estou construindo com recursos próprios e
está bem difícil, então resolvi criar a história e levar as pessoas os motivos
reais para a construção, e aos poucos está funcionando e a ideia tomando forma
e contornos mais concretos. Quando as pessoas se deparam com a história, pensam
um pouco mais detidamente no assunto. E já não me vejo fazendo outra coisa a
escritora tomou conta de todas as minhas vontades.
7-
Paty
M. Castro: Porque escolheu fazer
um livro baseado em fatos reais?
Olá Paty, a principal motivação,
foi conviver de perto com essa realidade dentro das escolas. Nós professores
estamos engessados por um sistema mutilador, corrupto e destrutivo, onde
crianças vivem cada vez mais aterrorizadas pelo medo, abandono afetivo ou
material ou pelos dois, e pouco ou nada, pode-se fazer por elas sem uma
parceria com a família.
Particularmente acredito que a escola enquanto agente transformador,
falha em deixar de lado a família que é parte importante neste processo. Sem
políticas efetivas que tragam a família para a escola, muito do que se postula
não passa de falácia. A verdadeira causa
do fracasso de muitas crianças está no contexto familiar e no jogo de empurra
social escola X família X sistema X professores, ou seja, ninguém assume
verdadeiramente seu papel como deveria.
8-
Sandra
Fernanes: Olá, gostaria de saber mais sobre o seu segundo livro psicopata.
Olá San, Psicopatia, passei bastante tempo estudando, pesquisando e tentando
conhecer mais dessas criaturas impressionantes. É incrível o universo da
educação infantil, pois lá você tem oportunidades maravilhosas para ajudar a
sociedade ficar um pouco melhor. Isso mesmo lá, é um espaço para o professor
atento descobrir alguns distúrbios emocionais e patológicos que aparecem ainda
na primeira infância. Que se não descobertos a tempo trarão incontáveis
prejuízos para a sociedade.
Tenho uma amiga que ficou um
tempo casada com uma pessoa de comportamento estranho, conversávamos muito e
fui ficando curiosa com as coisas que ela relatava, sempre gostei de psicologia
e passei a pesquisar, então descobri esses seres, juntas íamos discutindo e
chegamos a conclusão de que ele apresentava algumas características que o
enquadravam no grau leve de psicopatia.
Partindo desse ponto, associei um pouco de sadismo e experiência
infantil traumática, somei tudo a
estrutura psicológica de um indivíduo
que chamo de Alex, o homem dos sonhos até se tornar o pior pesadelo. Trato
ainda de temas como TDAH, tudo dentro do contexto familiar. Acho que ficou bom
o resultado, será lançado também pela Modo até o final do ano, pelo menos torço
para isso.
9-
ELLIANE
RAMOS : O que te inspirou escrever?
Olá Elli, creio já ter respondido esta meu anjo, bjinhos e muito obrigada pelo
carinho.
10-
Kaliban
Morya: Qual foi sua primeira experiência na literatura?
Olá Kali, a primeira experiência está sendo com o MARCAS, é algo que nunca
poderei esquecer.
11-
Michela
Delgado "Estamos na fase em que a maioria dos autores estão lançando
livros do gênero Chick-Lit e Sobrenaturais. O que a levou a escrever uma
história tão forte, com sentimentos tão complexos; e alguns bem ruins,
inspirado ainda em fatos reais?
Olá Michela, é interessante sua pergunta no que concerne o atual momento da
literatura. Estamos vivendo a era do
vazio, onde valores estão sendo deturpados e o “ter” significa infinitamente
mais do que o “ser”. Estamos camuflando nossos sentimentos e buscado soluções
rápidas, porém não são duradouras, a vida e as coisas estão mudando com uma
velocidade esmagadora, estamos nos acostumando com tragédias diárias, homens
matando suas mulheres, filhos, e abusando de suas filhas, e isso está se
tornando banal e é assustador. As novas gerações estão se enveredando por
caminhos sem volta e me arrisco a dizer que o homem está voltando a seu estado
primitivo e muito mais brutalizado, pois tem arraigado em suas entranhas a
violência animalesca que vem destruindo a humanidade. E a humanidade está
carente de humanos. Eu preciso sentir a dor do outro, a me colocar em seu
lugar. Compartilhar uma imagem em uma rede social não é necessariamente lutar
por um mundo melhor.
12-
Fernanda
Artesanatos / Fernanda Yano: Como surgiu a ideia de mostrar
fatos que realmente acontecem no dia a dia e são tão poucos divulgados, mostrar
o lado real do ser humano e não a fantasia?".
Olá Fê, acredito que a resposta anterior, casa também com esta pergunta.
E para
acrescentar, só lembrando que não há desenvolvimento de uma nação sem educação
e a educação de nada adiantará se for mecanizada e sem afeto. Estamos num
momento onde tudo é virtual e “efêmero”. Ledo engano, tudo isto esta deixando
nas pessoas cicatrizes insondáveis. A solidão assola a sociedade. E é mais
fácil fantasiar um mundo perfeito, no qual não tenhamos que li dar com as dores
reais.
13-
Fernanda
Artesanatos: "Em seu livro, há personagens inspirados em pessoas que fazem
parte da sua vida? Se sim, cite algum”.
Olá Fê, todos eles de
certa forma passaram a fazer parte de minha vida, especialmente às pessoas que
me inspiraram D. Sílvia, Edna e Evilásio que já não estão entre nós.
Uma curiosidade, na primeira
versão o desfecho da história de amor de Esther e Evilásio era outra, anos
depois soube de sua partida. Refiz o
capítulo e modifiquei bastante de alguma forma é como se eu o mantivesse vivo
descrevendo como ele era lindo, sensível, inteligente e amado por todos. Para
que não se perca essa memória de quem era de verdade.
14-
VANESSA
MEISER: Sua família lê seus livros? Eles te apoiam?
Olá Van, ler nem todos, alguns não tem esse comportamento leitor, talvez venham a ler, mas se interam de todo o
processo, estão sempre divulgando entre os amigos, no trabalho.
Duas das minhas irmãs são leitoras mais ativas Graça e Madalena a
última aprendeu a gostar comigo, eu lia comentava com ela e emprestava o livro,
hoje ela é viciada kkkk. Quanto aos meus filhos, o mais velho é meu parceiro,
opina da dica, a do meio já trilhando o caminho das letras, eu permiti ler só
ano passado quando fez 14 anos acho a leitura pesada. Ela disse ter ficado
encantada e se emocionou muito. A caçulinha de 12 anos ainda não permiti, acho
que ela ainda não está preparada. É meu bebezinho e quero proteger um pouco
mais desse mundo feio (risos).
Meus
filhos divulgam em suas escolas alguns
de seus professores já leram e é tudo muito bacana.
15-
Flávia
de Jesus Santos que você se inspira para escrever? Como começou a escrever?
Olá Flávinha, respondi esta anteriormente. Obrigada pelo carinho querida, espero
ter correspondido às expectativas, muitos bjinhos linda.
16-
Maristela
G Rezende: O que o levou a escrever esse livro?
Olá Ma, esta já respondi mi carinho, muitos bjinhos e obrigada pelo carinho
e participação foi muito importante para nós.
17-
Natalia
Lima: Como surgiu a ideia para escrever os livros?
Olá Nat, esta também já respondi. Bjinhos e obrigada pelo carinho.
Boa sorte a
todos! E muito obrigada adorei as perguntas estão todos de parabéns.
Grande bjo. Saibam
que vocês são combustíveis para que tenhamos forças para seguir em frente e
superar as dificuldades que não são poucas.
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