20/09/2018

A hora de cuidar da mente e valorizar a vida

Suicídio nunca é a solução


No Brasil, desde 2015, é promovido o "Setembro Amarelo", uma campanha anual de prevenção ao suicídio. É uma temporada que prioriza acolher as pessoas, além de reunir informações, tanto para quem necessita de ajuda, quanto para quem precisa de orientações sobre como ajudar o outro. A fim de auxiliar nesse processo de conscientização, são realizados muitos eventos que abrem espaço para debates. É quando há oportunidade de falar abertamente a respeito do tema, retirá-lo do patamar de tabu e alertar a população a respeito da importância de sua discussão.


Vale ressaltar que o suicídio não é visto apenas como uma questão de saúde física ou mental. É, na verdade, considerado um problema de saúde pública, uma vez que está frequentemente associado a situações de vulnerabilidade socioeconômica, violações de direitos, violência e intolerância contra grupos oprimidos. Por isso que não somente psicólogos participam do "Setembro Amarelo" - diversas organizações, profissionais da área da saúde e voluntários realizam esforços de prevenção, promovendo conversas em escolas, universidades, empresas e hospitais, além de emissoras de televisão e rádio. Nessas ações é evidenciada a importância de o ser humano cuidar da mente assim como trata do corpo e, acima de tudo, é salientado que a morte nunca é a solução.
Uma ideia bastante enfatizada no período da campanha é que toda a sociedade deve estar atenta para atitudes possivelmente suicidas. Segundo a psicologia, por exemplo, existem vários comportamentos que indicam um perfil suicida. Devem ser considerados indícios significativos e alarmantes os relatos sobre não ver sentido na vida, acabar com um sofrimento, querer desaparecer, dormir para sempre, ir embora e nunca mais voltar ou até mesmo o desejo de morrer (ainda que em tom de brincadeira). Todos precisam ser levados a sério e não ignorados, precisam de uma mão amiga e acolhimento. Não é frescura, como algumas pessoas insistem em afirmar em completa ignorância à problemática; é uma maneira de pedir ajuda para um problema real que pode levar a uma situação extrema e irreversível.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também adverte que transtornos psicológicos estão associados com um maior risco de suicídio. Devem ser tratados como alerta transtornos de humor (depressão maior, distimia e transtorno bipolar), transtornos de ansiedade (transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de ansiedade generalizada), demências (Alzheimer, demência vascular e Mal de Parkinson), transtorno de personalidade (boderline, antissocial, transtorno de personalidade histriônica e esquiva) e psicoses (esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtornos delirantes).


Com a intenção de contribuir socialmente com o "Setembro Amarelo", o Clube deste mês é destinado a conversar sobre saúde mental. O livro escolhido para nortear o debate é "Psicose" (Robert Bloch, editora Darkside Books), que já no nome traz discussões interessantes. "Psycho" (no original em inglês) tem três significados diferentes: psicose, psicopata e loucura. Psicose é qualquer doença mental de origem neurológica ou psicológica. Psicopata é uma pessoa que sofre um distúrbio psicótico que afeta sua forma de interação social. Tem características como desvio de caráter, frieza, ausência de sentimentos, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, narcisismo, egocentrismo, falta de remorso e de culpa para atos cruéis, além de inflexibilidade em relação a castigos e punições. Nos EUA, psycho também pode ser uma pessoa que faz besteiras (quando se diz "você está louco").
A qual desses significados o título verdadeiramente se refere só é revelado nas páginas finais do livro. Entretanto, no decorrer da história, o leitor atento pode descobrir detalhes a respeito do desfecho se parar para pensar nas atitudes do protagonista: Norman Bates, um solteirão de meia-idade que vive em estado de codependência em relação à mãe, uma mulher dominadora e exigente. São vários pormenores interessantes de analisar, então venha conversar conosco neste Clube de Setembro (aqui)!

ATENÇÃO!
1 - O livro "Psicose" pode conter gatilhos envolvendo cenas de violência, suspense e terror.
2 - Se você se sente só, está tendo pensamentos confusos sobre sua vida e quer conversar de forma anônima com alguém, ligue gratuitamente para o número 188, Centro de Valorização da Vida (CVV). Voluntários estão 24 horas de prontidão para te atender.
O CVV é uma instituição (sem fins lucrativos) dedicada a escutar qualquer pessoa do Brasil que esteja passando por dificuldades; desta maneira, a organização funciona como uma prevenção ao suicídio. É importante ressaltar que o serviço não substitui atendimento psicológico ou médico.

Verifique ao lado alguns locais (em São Luís) que realizam atendimento psicológico. Clique na imagem para ampliar!

Informações atualizadas
- Clínica escola Ceuma: a primeira avaliação não é mais gratuita. Valor fixo de R$ 10,00 por atendimento.
- Plantão Psicológico Centrado na Pessoa: Novo local de atendimento: Núcleo de Extensão da Vila Embratel (NEVE), quintas-feiras, das 8:30 às 11:30.
O serviço continua funcionando normalmente na DPE-MA.

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